terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Agora sim...acabou?

Se alguém precisar de uma argumento de telenovela ou não me importo de ceder os direitos da minha historia. E nem quero saber de compensações financeiras para nada porque estou farto das pessoas só se preocuparem com o dinheiro e nada mais. Quem disse que o dinheiro não importa? Todos sabemos que sim, o dinheiro não traz felicidade? Não? Mas ajuda e de que maneira.
A Inês neste momento preocupa-se com o dinheiro, porque está na idade de casar, está na idade de ter uma casa, está na idade de ter o seu espaço, de começar a vida. Sim certo, começar uma vida independente mas, perto dos pais, o seu espaço sim mas perto dos pais. Pois… é mesmo assim. Não acho que conseguiria ver a Inês longe dos pais de maneira nenhuma, vive demasiado dependente deles o que me parece bem do ponto de vista que como já aqui referi, uma vez que ela não tem muitos amigos a quem possa contar historias ou desabafar. Prescinde de forma estranha de socializar e prefere a companhia dos pais abrindo por vezes uma ou outra excepção. Eu sou exactamente o oposto. Amo os meus amigos tenho um circulo de amigos, digamos três ou quatro que são como meus irmãos e não consigo prescindir disso, até porque, caramba, os amigos não são importantes? Não serão os amigos pessoas fulcrais na nossa vida? Não terão eles um peso enorme no nosso crescimento? Eu pelo menos acho que sim, pelo menos amizades de 10 ou 15 anos.

Como se tudo isto não bastasse as coisas vão-se mantendo mal, a Inês não fala e eu também não vou dar o braço a torcer, acabamos a relação e não vejo maneira de voltar atrás. Sendo sincero existem alturas que me sinto bem, menos pressionado, mais solto, alegre, outras porém em que sinto um vazio incrível, um sentimento de perda, um espaço por preencher, como se tivéssemos saído de um sitio e esquecido algo muito importante.
Incrível como a vida nos prega partidas…
No outro dia em arrumações encontrei umas cartas que a Inês me escreveu há alguns anos atrás quando estava a passar ferias com os pais e fiquei a pensar onde estará aquela Inês das cartas, apaixonada, romântica, com tanto amor, carinhosa, meiga, com uma tremenda paixão que faria corar o mais sério dos seres humanos. Onde está essa Inês? Alguém a levou? Ou o tempo revelou que a verdadeira Inês é esta?
Sinto-me a fazer as mesmas perguntas, incrédulo nisto que se passa. Se ao menos compreendesse o que se passa, tudo seria mais fácil.