domingo, 6 de setembro de 2009

Voltamos... ao mesmo

Fomos de Férias e voltamos e as coisas não melhoraram, bem pelo contrário. Estou numa fase surreal da minha vida acho que cada dia que passa nunca sei muito bem o que esperar, isso até podia ser algo bom, mas não é. Não tenho um ponto de equilibrio não sei onde me agarrar nem o que fazer para lidar com as situações. Vivo descontrolado emocionalmente e sinto a cada dia que passa a ausencia da Inês. Sim, voltamos a quebrar relações. Como me custa isto, não ouvir a voz ou ver o sorriso dela, como me custa esta situação horrivel de ausência e perda. Ontem tomei uma decisão, tirei todas as fotos que temos juntos do facebook e todas as fotos que tinha no quarto, aliás tirei tudo que me fizesse lembrar a Inês. Não acho que isso vá resolver muito porque quando fecho os olhos vejo-a a minha frente.
Entretanto arranjei um emprego, fica assim resolvido pelo menos para já o problema financeiro que tanto me prejudicou estes meses. Com isto posso também pagar à Inês o dinheiro que lhe devo. Telefonei-lhe ontem a dizer precisamente isso, disse-lhe que precisava de me encontrar com ela para lhe dar o dinheiro, que era algo rápido e ela não teria de me aturar muito tempo, curiosamente ou não a Inês desligou-me o telemóvel na cara. Agora penso nas palavras que ela me disse "Estou farto de ti!" e penso que se calhar não foram só palavras, não foi só falar de cabeça quente, afinal parece que ela não me suporta mais.
Onde está a Inês que conheci à uns anos atrás? Onde está aquela pessoa meiga, carinhosa, simpática, atenciosa que conheci? Que se passa? Alguém me levou a namorada e substituiu por um ser vivo rude e cruel?
Sinto-me desolado, pergunto-me a cada dia que passa que mal fiz eu para merecer este tipo de tratamento por parte dela? Se não há amor, porque razão ela não o assume de vez? Porque não diz que não quer namorar mais? Por muito que isso me custe é talvez essa a dura realidade...
Tremo quando penso nessa possibilidade, dez anos não são dez dias ou dez meses e só eu sei como a amo.
Ontem ao falar com o meu melhor amigo ele disse que de facto a melhor coisa a fazer é dialogar e tentar chegar a uma conclusão. Se realmente tivermos de acabar será o melhor a fazer tanto para a sanidade mental dela como da minha, porque parece que isso está em causa. Pelo menos eu dou em doido com tanto sofrimento.
O que lhe tentei eexplicar é que é difciil falar com alguém que não quer falar e que pensa que só ela é que tem razão. É dificil falar com alguém que põe o orgulho à frente de tudo e de todos e se acha mais madura e mais responsável que os outros, que julga os outros e se enche de razões sem querer ouvir argumentos ou a opinião dos outros. Tentei explicar isso ao Miguel, ele olhou-me com ar de quem quer dizer algo para me dar uma réstia de esperança, tentou esboçar uma palavra mas ficou-se pelo silêncio, sem saber o que dizer... depois lá soltou um "pois é complicado".
Como se isso não chegasse, a Inês é filha única e como tal tem o apoio incondicional dos pais tenha ou não razão, e os pais dela tem muito o hábito de se meter nos nossos assuntos, sempre tiveram esse hábito. Quando pensam que estão a fazer bem...
Os meus pais tem muitos defeitos, mas nunca se meteram neste tipo de assuntos a não ser que fosse realmente necessário e isso era sempre o minimo. Mas com a Inês e com os pais dela não é assim, cheguei à conclusão que ela não pensa com a cabeça dela, pensa pela dos pais. Agarrou-se de tal forma aos pais que o cordão umbical ainda lá está. Não tenho nada contra esse tipo de educação, acho fantástico e de certa forma invejo a relação que ela tem com os pais, mas quando ela interfere de forma negativa no meu namoro não posso concordar.
A Inês não sai de casa, não socializa, odeia gastar dinheiro em coisas como cinema concertos ou teatro, não vai a bares ou discotecas, pelo menos a Inês dos ultimos anos, essa Inês que mudou ou se revelou? Essa é a questão sobre a qual eu procuro respostas.

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