terça-feira, 21 de julho de 2009

Eu cedi

Não consegui resistir, quebrei a barreira, cheguei ao meu limite, estou muito à tempo sem ter noticias da Inês. tenho saudades do sorriso, do olhar, dos labios dela, de tudo, não consigo mais manter este braço de ferro esta distância ridicula. Cheguei ao meu limite, enviei-lhe uma mensagem, pedi para ela re-considerar as coisas, daqui por um tempo devo estar ainda mais longe, noutro país, noutro lugar e será muito pior, preciso que ela me diga algo, preciso que me dê uma palavra, preciso de algo da Inês, algo que me dê força nesta vida ridicula que vivo. Preciso de apoio pois quebrei, sinto-me perdido, nem as noites com os meus melhores amigos me dão a alegria de viver pois sei que a Inês está "distante". Dava tudo para a ter aqui, dava tudo para a ter comigo agora abraçada a mim como no passado, onde tantas noite ela se abraçou a mim e dizia que eu era mais do que tudo. Hoje decidi ler algumas cartas que ela me escreveu quando eramos ainda dois adolescentes com a vida pela frente a entrar na universidade, com os sonhos proprios de quem está apaixonado, porra como isso me faz mal, como me fez mal ler aquilo, ler aqueles sonhos, aqueles textos cheios de alegria e esperança como se o amanhã fosse um conto de fadas. Meu deus, que se passou estes dez anos? O que se perdeu? Que fiz eu para chegar a este ponto?
Eu deixei de acreditar em Deus mas de facto é tão mais fácil ser crente e apoiarmo-nos em algo. Eu que até outrora fui catolico praticante, pertencente à igreja vivo hoje na ideia que esses anos que vivi iludido serão uma metafora do meu namoro? Nem quero acreditar nisso, eu amo a Inês, nem quero pensar nisso.
Eu cedi, porque tive de ceder, porque não aguento mais este clima, esta parvoice, este tempo perdido depois de tanto outro tempo perdido. Enviei a mensagem a Inês à meia hora e ainda não obtive nenhuma resposta... nada!

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